A user experience refere-se à utilidade, facilidade de utilização e prazer associado ao uso de um produto ou serviço. Quer seja planeada ou não, a user experience vai acontecer. E, se não for bem pensada, vai resultar numa experiência estranha e desconcertante. Devemos prestar particular atenção ao design cognitivo e sensorial, uma vez que não comunicamos com o utilizador apenas através do conteúdo explícito. É no design da user experience que construímos a mensagem que vamos transmitir nas entrelinhas.
Menos é mais.
As páginas de um website não devem ter demasiada informação e os diferentes elementos devem estar organizados em categorias, para que o utilizador tenha facilidade em encontrar o que pretende com o mínimo esforço. Uma página sobrecarregada com informação transmite desorganização e falta de profissionalismo, para além de baralhar o utilizador. Assim, o design do website deve ser simples e a informação deve ser bem selecionada.
Conhecer os hábitos do utilizador.
O que pensaria se encontrasse as FAQ’s no canto superior esquerdo de uma página web? Não seria desconcertante? Se os utilizadores estão habituados a encontrar as FAQ’s e os contactos ao fundo da página, depararem-se com uma destas secções no canto superior esquerdo iria causar alguma estranheza. Um bom website deve ser intuitivo e fácil de utilizar, de forma a que o utilizador seja capaz de fazer o que quer, com o menor esforço possível. Para compreendermos o que é intuitivo e o que não é, devemos pôr-nos no lugar do utilizador e perceber que tipo de caminho consideramos normal e fluído. No fundo, temos de antever onde é que os utilizadores estão à espera de encontrar as coisas e o que estão à espera que elas façam. Por exemplo, se um botão não tiver aparência de botão, os utilizadores não vão assumir que podem clicar nele. De igual modo, se algo parecer um botão, as pessoas vão tentar clicar e vão ficar confusas caso não se trate de um botão. Por esta lógica, as secções mais importantes e mais comumente procuradas devem ter mais destaque, enquanto que tópicos mais específicas devem ser menos salientes.
Usar a simbologia certa.
Utilizar símbolos funciona muito bem, desde que contribuam para simplificar e para tornar a experiência mais intuitiva. Como procuraria a secção de contactos num website? Provavelmente, estaria à espera de se deparar com um símbolo de um envelope ou de um telefone. Sinalizar esta secção através de um retângulo com linhas escritas já não seria muito eficaz. Apesar de poder representar uma carta ou um e-mail, as pessoas não estão habituadas a ver esse símbolo associado a “contactos”. É preciso perceber a simbologia que está mais saliente na mente dos utilizadores, sempre com o objetivo de criar uma experiência fluida.
Feedback.
O que está à espera que aconteça quando clica num botão? Certamente, está à espera de que aconteça alguma coisa! É essencial que o utilizador receba algum tipo de feedback sempre que executa alguma função no website. Por exemplo, quando o rato passa em cima de um botão, este deve mudar de aparência para dar a sensação de que se pode mesmo clicar nele. Ao carregar, o botão deve fazer um som, mudar de cor ou ficar a negrito. Caso contrário, o utilizador vai ficar confuso e não vai perceber se clicou realmente ou não, ou poderá pensar que talvez o botão não funcione. Da mesma forma, quando o utilizador submete um formulário de contacto, é importante que receba feedback, como um som de envio ou uma mensagem de confirmação, de forma a evitar que haja incerteza. Se estes pequenos pormenores não estiverem bem trabalhados, os utilizadores vão ter a sensação de que o website tem falhas no seu funcionamento.
Assim, devemos garantir que a user experience está construída de forma a tornar as coisas mais fáceis e agradáveis para o utilizador, não exigindo um grande esforço por parte deste.
